quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os Educadores e Professores estão presentes na concentração de 29 de Setembro.



Os Educadores e Professores estão presentes na concentração de 29 de Setembro.


Pela reintegração das dezenas de milhar de docentes e outros trabalhadores do Ensino despedidos

Pelo restabelecimento das condições de funcionamento democrático das escolas
Muitos pais, professores e estudantes estiveram presentes nas manifestações que juntaram um milhão de cidadãos, em quarenta cidades portugueses, no passado dia 15 de Setembro.

Afirmaram, com todos os outros: “Fora a Troika, fora o seu Governo, queremos as nossas vidas!”.

Esta exigência, no quadro do Sistema de Ensino, significa:

- a reposição dos milhões de euros cortados, reduzindo o Orçamento da Educação para 3,9% do PIB;
- a retirada das medidas adoptadas para cumprir este corte, da reforma curricular aos mega agrupamentos, dos cortes para a Educação especial ao aumento do número de alunos por turma;
- a reintegração das dezenas de milhar de professores que se encontravam nas escolas no ano lectivo de 2011/2012 e que agora continuam a ser ainda mais necessários, uma vez que aumentou o número de anos de escolaridade obrigatória.

Esta exigência surge de toda a população directamente ligada à comunidade educativa, tal como emerge da maioria do povo o sentimento de recusa de qualquer subordinação à política decorrente do Memorando da Troika e deste Governo desautorizado e rejeitado.

Não se trata de negociar com o Governo sobre mudanças, ajustamentos e correcções na vida dos docentes e dos alunos, resultantes da aplicação do programa de desmantelamento da Escola pública que levou à situação criada, mas sim de impor ao Governo a retirada do mesmo e a reintegração dos milhares de docentes e restantes trabalhadores do Ensino despedidos.

É com esta convicção que nos organizamos para responder ao apelo da FENPRPOF e da CGTP, para participar na concentração que irá encher o Terreiro do Paço, no próximo dia 29 de Setembro.

Professores e educadores membros do SPGL, primeiros signatários do Apelo feito em Maio de 2012 (com 5800 assinantes na Internet) para a realização de um Encontro nacional para impor a suspensão da Reforma curricular e dos Mega agrupamentos, e assim impedir a concretização do despedimento de mais de 40 mil docentes.


Os signatários

Isabel Branco Pires (membro da direcção do SPGL, Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna)
Fernanda Magda (Prof EE Agrupamento de Escolas  Francisco Arruda)
Isabel Guerreiro (membro da direcção do SPGL, Agrupamento de Escolas  Ibn Mucana)
Carmelinda Pereira (aposentada)

Se estiveres de acordo subscreve aqui este documento. 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Retirada do plano de despedimento de dezenas de milhares de professores







Retirada do plano de despedimento de dezenas de milhares de professores
Unidade da CGTP e da UGT, com todas as organizações dos Professores
Para a mobilização nacional, para a retirada do plano de desmantelamento da Escola Pública

O ataque brutal que acaba de cair sobre os trabalhadores do ensino – com o anúncio do despedimento de dezenas de milhares de professores e educadores contratados e de mais de 13 mil pertencentes aos quadros de escola colocados em horário-zero, somando um total de mais de 40 mil docentes – diz respeito a toda a população do país, a todos os trabalhadores.

Trata-se da destruição da Escola Pública, da Escola que deve responder a todas as crianças e jovens deste país.

Perante esta situação só há uma saída: mobilização nacional – com o empenhamento da CGTP e da UGT – para impor a retirada do plano orquestrado pelo Governo/Troika e obrigar à colocação de todos os professores que, até ao último ano lectivo, assumiam funções docentes no Sistema nacional de Ensino.
Para conseguir organizar esta mobilização – cujas formas serão decididas pelos professores e restante comunidade educativa, em conjunto com os seus sindicatos e com as Centrais sindicais – é necessária organização.

Tudo deverá ficar em aberto, incluindo o apelo à greve geral, para obrigar o Governo a colocar as dezenas de milhar de docentes que estão em vias de ficar no desemprego.

É assim que ganha sentido a realização de um Encontro nacional, com carácter de urgência, onde participem representantes de toda a comunidade educativa, convocado pelos responsáveis das organizações sindicais dos docentes, agora integrando as Centrais sindicais – um Encontro que já recebeu o apoio expresso de cerca de seis mil docentes.

Lisboa, 2 de Agosto de 2012

Professores ligados à Comissão de Defesa da Escola Pública, ao SPGL e `a iniciativa por um Encontro Nacional para impedir o despedimento de dezenas de milhares de professores.





segunda-feira, 23 de julho de 2012

Comentários no Apelo ao Encontro contra o despedimento de 25 mil professores



Comentários? Para quê? (Celina Parente)

Greve...Já!! (Ricardo Rodrigues dos Santos)

Um país sem professores e sem escolas capazes é um país sem futuro! (Lúcia Maria Ávila da Silveira)

O que estão a fazer à Escola Pública? Sem comentários... (António José Esteves da Silva)

Não às alterações curriculares, suspensão imediata! (Maria Teresa Vasconcelos Pereira dos Santos)

Acho muito justo que se ajudem as crianças e espero que todos os que possam, sem excepção, colaborem e sejam solidários nestas causas!!! Obrigado. (Fernando Alberto do Rosário Marreiros de Oliveira)

Indignado. (João de Deus Pires Antunes)

Vamos lutar! (Edgar Branco)

Se o governo está muito empenhado em travar o desemprego, que o demonstre aqui. (José Luís Silva)

É inacreditável o que estão a fazer ao sistema educativo português. (Vítor Manuel Henriques Vieira)

Se o PSD fizer isto, nunca mais será governo! Se o PS caiu, foi pelo mal que fez aos professores. (Maria Alexandra Agostinho Fernandes de Carvalho de Miranda Almeida)

Impedir o desemprego de 25 mil professores passa por reconhecer que quem nos governa há trinta anos é incompetente e exigir mudanças. (Mariela da Conceição Alberto)

É URGENTE TRAVAR ESTA LUTA. (Maria Teresa de Araújo Pinto)

Lutar por um futuro melhor para os nossos filhos. (Célia Cristina Santos Mouroa Farias)

Será que ao fim de 18 anos de serviço dos quais 15 efectivos isto pode acontecer? (Maria Filomena Pestana Passinhas Diogo)

Despedir um deveria equivaler a despedir todos. (José Carlos Guerreiro Vinagre)

Vergonhoso, o Desemprego. (ANA PAULA MARQUES MACHADO) 

Pelo futuro (Ana Sofia dos Santos Cláudio Vicente)

Se não se partilhar e divulgar fica difícil... (Sérgio Augusto e Sousa da Cunha Machado)

É uma tremenda injustiça o que estão a fazer aos professores!! (Sónia Isabel Pinto da Silva)

Uma autêntica afronta à Escola Pública (Carlos Manuel Martins Cruchinho)

É vergonhosa a falta de respeito por uma profissão tão digna. Será que os nossos políticos se esqueceram que os bons valores também lhes foram transmitidos pelos seus professores? Que tal colocarem-nos em prática! (Carmen Dolores da Cruz Rodrigues)

Que fazer com 51 anos de idade e sem outra profissão? (Teresa Maria Silva dos Santos Duarte)

Contratado com 19 anos serviço em Ed. Tecnológica (JOSÉ FERNANDO MIRANDA BERNARDO)

Deixem-me trabalhar, tenho marido e filho. Gostava muito de ter um segundo filho, mas o caríssimo sr. ministro vai-me tirar o sustento e lá se vai a casa e o carro também! (Susana dos Santos e Sá)

Não entendo porque os sindicatos não promovem uma greve aos exames nacionais. (José António Nunes Silva Costa Caleira)

Não desistir (João Baptista Soares Ferreira)

Mais uma medida economicista, e tudo menos PEDAGÓGICA E DO INTERESSE DA EDUCAÇÃO DOS NOSSOS JOVENS! (Manuel Pedro Carriço Noites)

Até quando ficaremos apáticos? (Sofia Alexandra Cunha)

O Ensino em Portugal está de rastos... É necessária uma intervenção rápida das forças verdadeiramente democráticas. (Manuel Valdemar Domingues Ribeiro)

Por um Ensino melhor em Portugal Sempre. (Júlia Domingues Ribeiro)

Isto é o desfecho final das políticas desastrosas iniciadas pela pior ministra que Portugal já teve, depois do 25 de Abril - Maria de Lurdes Rodrigues (Manuel António Tiago Soares)

Esta Reforma Curricular é um insulto à dignidade dos professores! (José António Lourenço Martins Baptista)

Sou contratada há 12 anos, sempre consegui colocação. Pelo primeiro ano há já algum tempo, estou convencida que vou para o desemprego! (Cristina Maria Gonçalves Bento)

Lutemos em defesa da Escola Pública de Qualidade (Ermelinda Ferreira de Sousa Ferreira)

Lamento! (Isabel Maria Simões Rodrigues)

Mas nada impede o despedimento imediato e sem direitos a quem quer despedir! Por incompetência!!! (Maria Emília Pires Ramalho)

Se tivemos força para correr com a sinistra ministra de que estamos à espera para correr com o Crato? (João Manuel Pedroso Fernandes) 

Cada vez é + ingrato ser professor neste país... (Sílvia de Fátima Rodrigues Simões Lopes)

A luta continua (Adelino António de Jesus Lopes)

A solidariedade é uma corrida de fundo e ninguém deve ficar para trás (Ivo Manuel S. Torres Santos)

É uma vergonha o que está acontecer no nosso País. Há que ir á luta! (Albino Reis Paulo)

Sou professora há 29 anos: o que vai ser de nós? (Graça Maria Lourenço Salvado Toscano)

Tenho uma licenciatura a sério, sou funcionária do Estado há cerca de 15 anos – a ganhar sempre os mesmos trocos e no dia 23 de agosto LEVO UM CHUTO NO TRASEIRO sem nada em troca. (Adélia Maria Barros Dias Faia)

Muito sacrifício para chegar a efetiva num quadro escola aos 50 anos e agora, Zás... NÃO HÁ HORÁRIO PARA MIM!!!!! (Maria José Guimarães)

Abaixo a precariedade e o desemprego (Alexandre Coelho Ramos Soares da Silva)

Ninguém é descartável. Já fui contratado. Sofri muito enquanto fui contratado e depois de passar ao quadro. Vale tudo contra o despedimento. (Paulo Filipe Mendes de Carvalho)

Estou de acordo com a petição: Todos os responsáveis deste país deveriam refletir sobre tudo aquilo que nos está a acontecer. (João Fernando Simões Baptista)

É uma vergonha... Roubam à educação para dar aos bancos e aos Boys e a essa corja maldita que está no governo. (Jorge Miguel de Jesus Silva Lopes dos Santos)

Contra a revisão curricular que elimina a Educação Tecnológica do 3º ciclo e reduz para metade os professores de EVT, os mais prejudicados para esta reforma sem nexo; Contra o aumento do nº alunos por turma, que diminui a qualidade do ensino. (António José Cruz Ferreira)

Os nossos governantes deviam estar na nossa pele, para perceberem as dificuldades que existem no ensino e que vão piorar bastante com o despedimento de tantos colegas. E, ao mesmo tempo, o que vão fazer? Ir para o desemprego e os seus filhos? E as despesas para pagar? É preciso parar com isto! (Maria Angelina da Fonte Moura)

Mais do que dignificar o estatuto e a carreira do docente, há que salvaguardar a qualidade do ensino público. Cortes significam menor qualidade e menor universalidade na educação dos alunos portugueses. (Paulo António Costa Monteiro)

FUI UM DOS ENGANADOS POR ESTE GOVERNO; ESTOU ARREPENDIDO. (RUI CONSTANTINO LIMA TEIXEIRA)

Concordo (José Veloso Rito)

Vamos à luta! (Paulo Manuel Fernandes Antunes)

Vamos lutar, todos juntos, em defesa da escola pública e da dignidade de todos os professores!!! (Maria Helena Pereira da Silva)

É uma vergonha o que o ministro da educação quer fazer. (Nuno Ganchinho do Rosário)

Estou farta de assinar petições, das quais depois nunca mais ouço falar, não sei quem as lançou, quem as levou até fim, onde foram apresentadas... mas assino mais esta, sim, esperando que se lembrem de dar continuidade e consequência ao protesto. (Leonor Areal e Silva Calvet da Costa)

Os professores não são i (José Henrique da Silva e Sousa)

Não temos culpa do estado do país... Troco a minha profissão por uma no privado. (José Carlos Pereira da Silva)

No futuro, só os ricos (aqueles que podem pagar colégios), vão ter um curso! (César Filipe Magalhães Ferreira da Silva Dias)

Lamentável (Maria Teresa Coelho Capaz)

É muito triste que pseudo licenciados com a mania e uma esperteza saloia passem uma borracha por cima de uma vida/carreira de trabalho, com licenciaturas verdadeiras e cursos creditados por professores e universidades que nos obrigavam a demonstrar conhecimentos e saber. (Maria Filomena Velho Correia Cabral)

Mais de vinte anos de serviço! (Pedro Miguel da Cunha Azevedo)

É vergonhoso o que se está a fazer, em todos os aspetos (despedimentos, nova matriz curricular, etc.) e por questões economicistas. Simplesmente vergonhoso!!!! (Rui Miguel Reis Trindade Santos)

É uma calamidade e uma medida castradora! O princípio do fim da Educação e da classe docente! Não podemos deixar o ano lectivo arrancar!!! (Eleonora Andrelina Preces Moita)

A Senhora Ministra da Educação M.ª de Lurdes disse que foi uma festa para as escolas - Parque Escolar. Neste momento é o inferno para os professores. (Angélica do Céu Marques)

O que está a ser feito é uma vergonha. Todas as medidas que estão a ser tomadas demonstram que os nossos políticos não sabem nada de Ensino. Como é que justificam que uma reforma curricular se aplica simultaneamente a todos os anos do respectivo ciclo? Como se criam disciplinas sem Currículo? Como é que se consegue melhorar a qualidade de ensino, quando os dirigentes colocam a Pedagogia - "primado do ensino" - em último lugar? (António José Dias de Castro e Freitas)

Apesar de aposentado não estou alheio aos sentimentos de muitos colegas. Mais justiça, melhor ensino! (António José Pacheco Ferreira da Cunha)

Que futuro tem um casal na casa dos 40 anos de idade???? (Clemente António Renda de Sousa Mendes)

Como é possível melhorar o ensino se o privam dos seus Mestres? Não se recupera a economia de um país provocando miséria maior do que aquela em que este já se encontra. (Mário Renato Pereira Calhau)

A educação está mal "cratada" (António Roque Reis Anselmo)

Sou contratado há 10 anos; até quando este desrespeito por aqueles que fazem a Educação neste país! (José Alberto Rodrigues)

Pelo direito ao trabalho (Maria Teresa Pereira Gonçalves)

Na madrugada de 25 de Abril de 1974, participei na revolta de Abril. Hoje, sou um homem triste e desiludido com a classe política. (José Manuel de Oliveira Heleno)

Não podemos pactuar! (Maria do Rosário Caria Sardinha)

A política de educação do governo não serve os interesses dos docentes. (Luis Pedro Morais Esteves Barros Peralta)

Não acabem com o ensino público, mantenham os 25 mil docentes activos. (MANUEL JOAQUIM TERROSO MARTINS)

Quando não há professores não há educação; o que virá a seguir?! (Manuel Adaleto Serras Gonçalves)

O despedimento de docentes é grave; mas não o deixa de ser, e para a opinião pública será bem mais, a perda de qualidade do sistema educativo público. O ensino privado e a qualidade/qualificação é apenas para os endinheirados (Leia-se os que não precisam de estudar para ter diplomas...). (Felisbela Maria Rogeiro Prazeres Pinto)

Fazer abrandar o motor de um país é anunciar a sua morte. (Maria Dulce Branquinho)

Unidos venceremos. (Maria de Jesus Esteves Oliveira Pires)

Trabalho quase há 22 anos, sou do grupo 250 (Ed. Musical) e estou com horário zero neste momento. Peço também luta pelos direitos dos professores de Música e pela reposição da oferta de escola nesta área (no 3º ciclo). É uma vergonha o que nos estão a fazer!!! (Maria Luísa Viegas Andrade Laíns)



sábado, 7 de julho de 2012

Unidade para defender a matriz da Escola Pública consignada na Constituição




Unidade para defender a matriz da Escola Pública consignada na Constituição 
e definida na Lei de Bases do Sistema Educativo

Não ao despedimento de 25 mil docentes!

Participemos na Manifestação de 12 Julho



Estamos convictos de que a construção de uma sociedade desenvolvida, balizada pela defesa dos valores da democracia, da liberdade, da paz e da cooperação livre e solidária entre os povos só é possível a partir de uma Escola Pública que proporcione a todas as crianças e jovens um ensino mergulhado nestes mesmos valores. 

Este conceito de Escola – a escola democrática, que deve formar as jovens gerações, abrindo-lhes todas as janelas para o acesso ao conhecimento científico, à formação artística e à educação para a cidadania – constitui a essência dos princípios consignados na Constituição resultante da revolução do 25 de Abril e definida na Lei de Bases do Sistema Educativo.

As imposições contidas no “Memorando da Troika”, levando a que o Orçamento para a Educação passe de 5,1% do PIB para 3,8%, combinadas pelo Governo que aplica este golpe, estão a levar a um processo legislativo inimaginável na sociedade portuguesa do nosso tempo e dos restantes países da Europa. 
É assim que, ao mesmo tempo, se aplica o plano de despedimento de dezenas de milhares de professores e educadores, se cortam disciplinas essenciais, nomeadamente as ligadas à formação artística e tecnológica, bem como `a educação para a cidadania. 

Professores, pais e cidadãos – profundamente ligados à defesa de uma cultura de paz, de liberdade e de democracia – não nos conformamos, não aceitamos esta ofensiva contra a Escola Pública, tal como repudiamos todas as medidas que forem no sentido da transformar a Escola Pública na Escola da estratificação social, começando a direccionar as crianças para currículos diferenciados, ao contrário da Escola da mobilidade social.

Não abdicaremos de defender a Escola que permitiu, apesar de todas as suas limitações e fragilidades, formar a geração de portugueses e portuguesas qualificados em todas as áreas, entre os quais se destacam jovens cientistas e artistas mundialmente respeitados.

Está na hora de realizar um Encontro dos delegados de todos os intervenientes no processo educativo – para definir a resposta e os meios de mobilização democrática que impeça o retrocesso civilizacional que o Governo quer impor a toda a força.
Com este entendimento, saudamos todas as iniciativas que forem no sentido da construção desta resposta imperiosa, nomeadamente os dois mil docentes que assinaram o apelo a um Encontro Nacional, ou os encontros sectoriais – realizados por iniciativa de associações de professores – exigindo, com as organizações sindicais, a suspensão da reforma curricular e a retirada do plano de despedimentos.

Animados desta vontade e confiantes na capacidade de intervenção democrática do povo português – intervenção que se prepara passo a passo – estaremos na manifestação nacional convocada pela FENPROF, para o dia 12 de Julho, em Lisboa, e apelamos para que cada um e cada uma não deixe passar a oportunidade para, em conjunto, dizer “Não ao ajuste de contas com o 25 de Abril!”. ( 6-7-2012)



CDEP



segunda-feira, 2 de julho de 2012




Todos compreendemos que não há uma varinha mágica que de repente levante o povo inteiro, fazendo saltar por aí mesmo o brutal ataque contra os professores e a Escola publica, produto do 25 de Abril.

Mas sabemos também que esse processo de constrói, passo a passo, e que os limites da opressão só terminam onde começa a resistência.

E, neste caso, não é um problema de somar lutas a lutas, manifestações a manifestações, encontros a encontros.
O problema é fazer o Encontro que não há-de ser mais um, mas sim aquele que falta: o Encontro para reunir todos, através das suas representações, no quadro do diálogo aberto e franco, para decidir o que fazer.

É para trabalhar por este objectivo que propomos a participação na reunião de dia 6 de Julho, em Algés, conforme se anuncia no comunicado da CDEP







Debater e Clarificar para Agir




Pela primeira vez desde o 25 de abril, um governo  põe em prática  reformas ao completo arrepio da Lei de Bases do Sistema Educativo, sem uma verdadeira consulta pública, sem um  verdadeiro debate envolvendo os intervenientes no processo educativo. (Uma reforma curricular com corte de disciplinas, exames, mudança de paradigma de escola …)


Tudo isto está a passar-se num contexto de construção de mega agrupamentos, de redução drástica do número de horários e o consequente despedimento de mais de 20 mil professores.
Está na ordem do dia o debate, a clarificação, a avaliação, a decisão e a mobilização.


Foi certamente este entendimento que levou cerca de 2 mil docentes a assinarem um apelo para um Encontro Nacional, com todos os intervenientes e interessados na defesa da Escola Pública, de acordo com os princípios consignados na Constituição Portuguesa e definidos na Lei de Bases. Notemos que esta Lei resultou de um amplo consenso, após largo debate na sociedade portuguesa, em 1976.




A FENFROP declarou que está disponível “ para convergir, com todas as forças preocupadas com a Escola Pública, para um grande movimento nacional para defender a Escola pública, tal como ela está consignada na Constituição e definida na Lei de Bases do Sistema Educativo, para travar para já o processo de despedimento de milhares de quadros altamente qualificados que irão ser postos fora das suas escolas e muitos deles despachados para o estrangeiro.” (Conferência de Imprensa de 15 de junho de 2012).




Como concretizar num grande fórum nacional esta disponibilidade da FENPROF e de outras forças sociais certamente animadas da mesma preocupação? 


Queremos ajudar a desenvolver o debate e a contribuir para a realização de uma ação unida que trave o despedimento de milhares de professores.




É neste sentido que decidimos organizar uma reunião , no próximo dia 6 de Julho, pelas 21horas, numa das salas da Universidade Sénior, situada no Palácio Ribamar em Algés.



terça-feira, 19 de junho de 2012

Carta ao Secretariado Nacional da FENPROF







25 mil despedimentos de professores em Portugal!
100 mil em Espanha!



Publicamos a carta entregue a Mário Nogueira, na continuação da batalha política para a realização de um Encontro Nacional, bem como o relato do encontro com este dirigente da FENPROF 
Carta ao Secretariado Nacional da FENPROF 


Caros colegas,


Fazendo nossas as vossas palavras:


 “Não! Não esperes, não deixes que o problema entre em tua casa… Vamos à luta!”


Um grupo de docentes lançou um apelo para um Encontro Nacional, com caráter de urgência, que pudesse reunir na mesma sala todos quantos estão empenhados em impedir a bateria de medidas de desmantelamento da Escola Pública, decorrentes do Memorando da “Troika”. 


São medidas que a FENPROF não se tem cansado de denunciar – da reforma curricular aos Mega agrupamentos – cujas consequências levarão ao despedimento de dezenas de milhar de professores, primeiro os contratados, a que depois se seguirão os com “horário zero”. 


Medidas que o ME acaba de decretar agora em detalhe, ao ponto de afirmar que os recursos concedidos a cada escola estarão dependentes dos resultados dos seus alunos! Algo em que muitos ainda não querem acreditar, pois se assim for, esta última medida levará forçosamente à discriminação negativa das crianças e dos adolescentes que revelarem dificuldades de aprendizagem, nas disciplinas que o ME adotou como sendo “nobres”!


 Todas estas medidas do ME constituem uma subversão completa da Escola democrática para todos, consignada na Constituição e formalizada na Lei de Bases do Sistema Educativo!




Os professores compreendem que a situação é gravíssima! Perguntam: “Quando se vai agir e como?”. Por isso, perto de 2 mil assinaram, com extrema rapidez, o apelo para um Encontro Nacional – uma iniciativa que também já tinha sido formulada por dirigentes da Associação Nacional dos Professores de EVT (APEVT). 


Sendo da área de Lisboa e ligados ao SPGL o grupo de docentes que lançou este apelo, dirigimo-nos naturalmente – em primeira mão – à Direção do nosso sindicato. Esta considerou a proposta pertinente, mas dependente da decisão do Secretariado da FENPROF.


Por isso, caros colegas do Secretariado da FENPROF, dirigimo-nos particularmente a vocês:


«Assumam a convocatória deste Encontro. Afirmem publicamente que recusam dar-se por vencidos, que não são “favas contadas” as medidas apresentadas pelo Governo como inelutáveis.


Inelutável vai ser a nossa luta, em unidade com as associações de pais e de estudantes, de diretores das escolas, de deputados, de autarcas, para travar tão duro golpe nos professores e nos alunos. 
Procurem associar todos quantos já defenderam a Escola Pública, ou afirmem estar dispostos a fazê-lo, para que nos juntemos.»


Pela nossa parte, colocamo-nos à vossa disposição para ajudar a construir o Encontro Nacional com caráter de urgência, para a Suspensão da Reforma Curricular, e restantes medidas subversivas da Lei de Bases do Sistema Educativo, para a retirada do plano de despedimento de 25 mil docentes.


Oeiras, 13 de Junho de 2012


Saudações fraternas 


Os sócios do SPGL: Carmelinda Pereira, Conceição Rolo, Maria Adélia Gomes e Joaquim Pagarete (aposentados); Fernanda Magda Silva (EB2,3 Francisco Arruda); Isabel Pires (Direcção Regional de Lisboa do SPGL); Ana Rita Lourenço (EB1 Sylvia Phylips - Carnaxide); Maria da Luz Oliveira e Maria Helena Silveiro (Agrup. Escolar Conde de Oeiras); Isabel Guerreiro (membro da Direcção da Zona Oeiras/Cascais do SPGL).
Carlos Gomes (EB2,3 Francisco Arruda – membro da Direcção da APEVT)


Relato do encontro com Mário Nogueira


Com base na informação de que a decisão de uma iniciativa por parte do SPGL, no sentido de reunir à mesma mesa – num Encontro nacional professores – representantes das associações profissionais, diretores de escola, associações de pais, deputados, autarcas, para organizar a resposta nacional que enfrente a ofensiva do governo e da “Troika” contra a Escola Pública, para impedir o despedimento de milhares de docentes- dependia da FENPROF, uma delegação de professores do SPGL esperou por Mário Nogueira, à saída da reunião do Secretariado Nacional da FENPROF de 14 de Junho, para lhe transmitir directamente esta proposta.


Mário Nogueira respondeu-nos que essa procura de construção da unidade já tinha sido feita e continuava a ser feita pelos sindicatos da FENPROF, mas o seu resultado não era o esperado. Que não tinha sido possível, até esta data, realizar acordos com os dirigentes da FNE ou do SINDEP, por mais simples que estes fossem, contra as políticas do Ministério da Educação e Ciência, porque estes dirigentes tinham o compromisso, com a Direção da UGT, de não agirem publicamente contra o Governo.


Da parte da Comissão de Educação do PS não havia sequer a resposta para o agendamento de uma reunião com a FENPROF, a fim de confrontar os seus membros com a gravidade das medidas do Governo. Havia reuniões com as comissões de Educação de todos os grupos parlamentares, menos com a do PS.


Inclusive tinha sido proposto ao deputado do PS, Pedro Marques – que se demitiu da Direção do seu Grupo Parlamentar – que tomasse uma atitude pública sobre a ofensiva contra a Educação, e este respondeu que os deputados do PS estavam impedidos de o fazer.


Foram convidadas as Associações de Estudantes para reunir com a FENPROF e só tinha aparecido uma.


Tudo estava assim dependente da mobilização dos professores, e estes aderiam em número ultra reduzido – quando muito às centenas – quando tinham feito mobilizações aos milhares em cada zona, como todos nos lembramos.
Perante estas respostas, nós somos levados a perguntar: Será assim impossível juntar, numa reunião pública, responsáveis e personalidades politicas que têm obrigação de intervir, começando por denunciar a gravidade do ataque à Escola Pública?


Falámos a Mário Nogueira do Encontro, do Encontro realizado recentemente em Coimbra, com Diretores de Escola e perguntámos: Como associar estes professores, charneira do sistema de ensino, na construção de um movimento de unidade a nível nacional?


Mário Nogueira informou que a FENPROF está a procurar fazer um manifesto com base em depoimentos de personalidades ligadas, de algum modo, à Escola Pública.
Mas será que é mesmo impossível começar a construir o círculo de forças sociais e políticas que digam “Não” ao despedimento de 25 mil professores, à extinção de disciplinas, aos mega-agrupamentos?


Não seria assertivo que a FENPROF fizesse os convites publicamente, e informasse sobre as respostas de uns e de outros?


Que pedisse aos professores e militantes socialistas, informados sobre as respostas negativas ou os silêncios dos dirigentes do seu partido, para ajudarem a impor uma mudança de atitude da Direção do PS?


António José Seguro, Secretário-geral do PS, disse que estava disposto a encabeçar uma manifestação para defender a Escola Púbica e o Serviço Nacional de Saúde. Então, por que não perguntar o que pensa fazer perante esse ataque e estes despedimentos de professores?


Por que não perguntar, também, a Jorge Sampaio – que, no tempo em que era Presidente da República vetou uma lei de subversão da Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada pela maioria de Durão Barroso na Assembleia da República – qual a sua posição face a uma bateria de medidas que põem do avesso esta mesma lei e os princípios consignados na Constituição?


Entretanto, no dia seguinte, Mário Nogueira anunciou o plano de mobilização nacional proposto pela FENPROF, declarando:
 “Uma força oculta que são os senhores da Troika, por detrás de um Governo às claras, está a aplicar as medidas que levam ao despedimento de 20% dos docentes atualmente nas escolas.
Nunca se esteve à beira de uma situação tão grave para apagar a matriz democrática da Escola Portuguesa!


A FENPROF disponibiliza-se para convergir, com todas as forças preocupadas com a Escola Pública, para um grande movimento nacional para defender a Escola Pública, tal como ela está consignada na Constituição e definida na Lei de Bases do Sistema Educativo, para travar para já o processo de despedimento de milhares de quadros altamente qualificados que irão ser postos fora das suas escolas e muitos deles despachados para o estrangeiro.”

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O caminho faz-se caminhando



O caminho faz-se caminhando…

Todos sabemos que não são favas contadas impedir o despedimento de 25 mil docentes, medida que constituiria um golpe profundo no Sistema Nacional de Ensino.


Mas sabemos também duas coisas:

1-    O governo de Passos Coelho encontra-se cada vez mais fragilizado, como todos os outros governos da União Europeia, confrontados com uma resistência em crescendo dos trabalhadores e das populações – e nós, população trabalhadora portuguesa, fazemos parte desse processo.

2-    Fazer recuar o Governo depende da unidade que se conseguir construir. E esse objectivo em que nos empenhámos começou a dar passos significativos, traduzidos na acção das direcções do SPGL e da FENPROF para procurarem construir uma resposta comum, resposta que tem o acordo expresso na assinatura de quase 2000 professores no Apelo à realização de um Encontro nacional para impedir o despedimento de 25 mil docentes.

Não nos resignamos, não deixaremos cair os braços. É preciso defender o posto de trabalho de gente que se dedicou – e dedica – de alma e coração ao Ensino; é a essência de uma profissão que dá o rosto ao futuro que merece este combate, tal como o merecem os nossos alunos.




São estes Senhores que sabem o que o que é Educação de Qualidade? Gente que está comprometida com a alta finança?

Eles não sabem. Mas nós sabemos.

E vamos-lhes dizer o que é!!!


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